quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Eliseu Canaã : Criação de peixes, uma boa alternativa de negócio


ALTO PARAÍSO - Há mais de duas décadas, a criação de peixes vem se apresentando como uma promissora oportunidade econômica para o empresário rural brasileiro. No início, estimulada pela expansão dos “pesque-pagues”, a atividade mostrou-se muito lucrativa, permitindo à piscicultura experimentar um crescimento até então inédito no País.
Os brasileiros começavam a perceber que os peixes poderiam ser produzidos em cativeiro, sob condições controladas e planejadas, diferentemente da tradicional pesca extrativista. A perspectiva de aumentar o consumo de um alimento nobre passou a fazer parte do dia a  dia da população e o setor produtivo percebeu uma excelente alternativa de negócio.

O processamento do pescado se mostra como a forma mais óbvia para a continuidade do crescimento da atividade.
Devido ao potencial do município de Alto Paraíso, essa alternativa seria totalmente viável para o desenvolvimento econômico de nossos munícipes, principalmente aos que residem em porto Figueira e dependem diretamente da atividade da pesca para sobreviverem.   Elizeu Canaã destaca o exemplo do município de Presidente Epitácio – SP, que através da secretaria municipal de
Agricultura, pecuária e Relações Agrárias, elaborou um projeto em 2010, para a implantação de um parque Aquícola no Reservatório da Usina Hidrelétrica, Engº. Sérgio Motta, instituída no rio Paraná.

Sistemas de produção 

Uma das características marcantes da piscicultura brasileira é sua estruturação em pequenas propriedades. Mais de 50% da produção vêm de empreendimentos familiares, com o predomínio da produção em regimes semi-intensivos. Na
opinião de especialistas, uma das formas de contribuir para a produção
comercial de peixes em larga escala é o apoio por meio de políticas públicas
voltadas à capacitação técnica, atendimento à legislação ambiental, acesso ao
crédito e a organização em cooperativas ou associações. Já para os pequenos piscicultores, a única saída para conseguir escala de produção, negociar com fornecedores e conquistar o mercado está na sua organização.
No regime intensivo, no qual geralmente está inserida a piscicultura industrial, há somente uma espécie de peixe sendo cultivada em altas densidades. Criações de peixes nesse  regime, porém, ainda são relativamente raras, embora seja o sistema em que o País apresenta maior potencial de crescimento. Atualmente, o cultivo de tilápias em tanques-rede é o exemplo mais claro de um regime intensivo de produção empregado no País. Tais cultivos são realizados principalmente em grandes reservatórios da União, como aqueles do rio São Francisco, na região Nordeste, e do rio Tietê, na região Sudeste. O desenvolvimento da piscicultura industrial também abre possibilidades de integração ou associação dos produtores familiares aos grandes empreendimentos. Pode-se dizer que o desenvolvimento da piscicultura industrial no Brasil também é muito importante para o sucesso da piscicultura familiar. Em um país com graves carências de serviço de extensão rural, os grandes empreendimentos têm condições de desenvolver tecnologias e estudos, a exemplo do que ocorre na avicultura, podendo repassar esse conhecimento aos pequenos produtores.


Por: Elizeu Canaã